Operação do MPMG contra falsificação de medicamentos prende suspeitos e apreende embalagens
Operação mira produção de medicamentos falsos no Sul de Minas
Quatro pessoas foram presas e um menor foi apreendido durante a 2ª fase da "Operação Reação Adversa", de combate a uma organização de falsificação de medicamentos veterinários e de uso humano em cidades do Sul de Minas e também no interior de São Paulo.
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Durante a operação, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Militar cumpriram 19 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo do Meio, Boa Esperança, Campo Belo, em Minas Gerais, e Ribeirão Preto, no estado de São Paulo.
Operação do MPMG e PM apreendem materiais usados na falsificação de medicamentos que eram vendidos pela internet
Eduardo Marins/EPTV
Durante a operação, foram realizadas prisões em flagrante delito em Campo do Meio: quatro homens foram presos e um adolescente de 17 anos foi apreendido.
Foram apreendidos aparelhos celulares, notebooks, embalagens, etiquetas, medicamentos com indícios de falsificação e máquinas de cartão. Os materiais irão passar por perícia.
Em uma das casas que foi alvo da operação, os policiais encontraram seringas e munições.
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Segundo apurado, os investigados utilizavam estrutura logística compartilhada e diversas contas de comércio eletrônico em nome de terceiros para fazer a venda dos medicamentos falsificados.
Participaram da operação quatro promotores de Justiça e 92 policiais militares e um helicóptero da Base Regional de Aviação do Estado de Minas Gerais (6ª Brave). O material apreendido foi encaminhado à delegacia de Campos Gerais.
Medicamentos falsificados
A operação desta quarta-feira é resultado de outra ação realizada em dezembro de 2024, quando oito pessoas foram presas preventivamente e 39 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Na primeira fase da investigação foram identificadas 40 lojas virtuais e a venda de 10 mil medicamentos.
"Nós identificamos em um aprofundamento das investigações que a atividade ilícita continuava, que havia medicamentos que estavam ainda expostos à venda pelas plataformas de comércio eletrônico e, a partir de elementos que surgiram da primeira fase foi possível chegar a novos investigados e que culminou na data de hoje no cumprimento desses mandados de busca e apreensão", explicou o promotor Rafael Calil Tannus.
Segundo o promotor, os medicamentos eram fabricados em Campo do Meio, vendidos pela internet e entregues por transportadora. A perícia realizada nos materiais apreendidos na primeira fase da investigação comprovaram a falsificação dos produtos.
"A venda era feita pela internet com preços bem inferiores aos de mercado, que chamava atenção de potenciais compradores e vítimas. É importante dizer que a gente não sabe a consequência disso para saúde humana e para saúde também dos animais que foram expostos a essas substâncias", afirmou.
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